sábado, 24 de novembro de 2007

Estatuto do Aluno e o caminho para a mediocridade

Mérito: Características que tornam alguém digno de apreço; aquilo que alguma coisa tem de bom, de apreciável; valor moral e intelectual; aptidão; capacidade; superioridade; excelência. É esta a definição de mérito segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa.
Enquanto aluno pergunto-me, se o novo Estatuto do Aluno terá a mais pálida aproximação a esta definição? Pois bem, penso que não.
O ataque à responsabilização dos alunos é uma constante do actual governo socialista.
Começando com a (frustrada) imposição das aulas de substituição aos alunos do secundário, justificada pelo governo, como meio de prevenir comportamentos de risco entre os jovens, esta medida, não é mais que um sistema de baby-sitting funcionando como fachada para a inoperância do executivo no que toca ao real combate à delinquência e à marginalidade entre os jovens.
Nas últimas semanas, assistimos à polémica em torno do novo Estatuto do Aluno. O governo no seu habitual tom autoritário enrolou-se numa teia de argumentos incipientes, tentando mostrar aos portugueses que as acusações de laxismo e de desrespeito pelo meritocracia eram infundadas, provenientes das críticas duma oposição "destrutiva".
O Estatuto pode resumir-se em três pontos: desrespeito pelo mérito, facilitismo e sobrecarga dos professores.
O desrespeito pelo mérito é patente na tentativa de igualização de alunos cumpridores e de alunos preguiçosos; com o novo estatuto, a assiduidade não é mais que uma situação voluntária a ser exercida pelos "marrões", visto que mesmo não se indo às aulas, ainda se pode sobrecarregar os docentes, que se encontram obrigados a fazer um teste para as excelências, que passaram uns agradáveis 90 minutos sabe Deus onde, para poderem demonstrar que sempre compensa ser Chico esperto e pouco trabalhador.
Será que são estas as políticas acertadas no sentido da modernização e do progresso da Nação?
Será vantajoso continuar a preterir a excelência, o mérito e o trabalho substituindo-os pela mediocridade, pelo facilitismo e pela preguiça?
Obviamente que não. Chegou a altura do governo ter de ouvir a opinião da silenciosa maioria dos alunos portugueses, não daqueles que misturam vandalismo com activismo estudantil, mas de todos os outros, que com vontade e dedicação querem terminar o ensino secundário, esforçando-se e trabalhando para a realização dos objectivos profissionais e para construção de um Portugal melhor, assente no Mérito e na Liberdade. E esses seguramente saberão apresentar CARTÃO VERMELHO à política socialista na área da educação!

Nenhum comentário: