domingo, 18 de novembro de 2007

Chincana Política à Louçã


Francisco Louçã deambula pelas televisões, no seu estilo de polítiqueiro de baixo nível, com acusações pessoais, que em nada enobrecem a causa pública. Ele que é parte da classe política do país todos os fins-de-semana descobre um agente político para acusar de defender interesses pessoais e não o interesse público.



Numa época em que se verifica um já grande afastamento entre a população e a actividade política estas armas de arremesso pessoais apenas ajudam a promover esse afastamento e incutir na população a ideia de que toda a classe política se congrega em torno de interesses pessoais e corporativos. No entanto, Louça esquece-se que é ele próprio parte da classe política do país e que devia era louvar o que se dedicam ou se dedicaram ao interesse público, ao invés destas infundadas insinuações que quase diariamente “o justiceiro Louça” trás aos média.



Efectivamente, não causa nenhum alarde social que os Governantes, após cessarem funções, ingressem novamente no mercado de trabalho como todo e qualquer cidadão. Melhor fora que depois de exercer funções públicas governativas os ex-governantes ficassem presos a esse “cadastro” e não pudessem trabalhar no sector privado.



Isto porque, primeiramente, o exercício de funções públicas não pode ser visto como facto negativo no regresso ao mercado de trabalho, sob pena de um maior afastamento da causa pública; em segundo lugar, porque o ex-governante adquire um conhecimento, em certos domínios técnicos, superiores à média, fruto das suas funções governativas, pelo que é o próprio mercado de trabalho que requer o ingresso do ex-governante.



Chegados a este ponto, o que urge analisar é se o governante, no exercício das suas funções ministeriais defendeu ou não o interesse do Estado português. Isto naturalmente sem analisar em concreto quais as funções que o mesmo cidadão exerce actualmente.



Ao contrário Francisco Louçã, interessado apenas na chincana política, prefere confundir o presente e o passado e agregar tudo no mesmo saco, ignorando que a própria Lusoponte teve interesse em contratar para seu trabalhador o ex-ministro das obras públicas, por este ser uma mais valia técnica para a empresa.

É natural que o Engenheiro Ferreira do Amaral, ao contrário do que fez enquanto Ministro, hoje defenda os interesses da Lusoponte e não os interesses do Estado.

Apenas a baixa política pode conjurar que Ferreira do Amaral, já enquanto Ministro pensava um dia vir a exercer funções na Lusoponte e a pedir indemnizações pela construção de uma terceira travessia no Tejo.

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