terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Como em tudo na vida chega sempre um momento que é o momento das despedidas

Vira-se hoje uma página na minha vida; entra-se num novo capítulo.

Oficialmente foi hoje concluído o meu percurso pelas lides associativas estudantis. Levo uma série de vivências e de experiências que guardarei para os capítulos seguintes do livro da vida.

A todos os que vêem nos dirigentes associativos alguém que procura uma carreira ou uma vantagem (vulgo o tacho), estão completamente errados, já que em termos patrimoniais nada se ganha, pelo contrário muito se gasta. No entanto, quer o sacrifício patrimonial, quer o sacrifício no tempo de duração de curso, suportado pelos Dirigentes Associativos e pelas suas famílias, acaba por ser compensado com a formação cidadãos, melhor preparados para enfrentar os desafios da modernidade e para equacionar e lutar por um futuro melhor.

Recordações da obra feita, gostaria de destacar apenas, para não ser exaustivo, a menina dos meus olhos: a criação da Associação Académica da Universidade de Lisboa. Como Secretário-Geral da primeira Direcção, exerci funções com o sentido de quem faz história e cria algo que perdurará para além da minha existência.

Apenas pela criação da AAUL quer eu, quer todos os que à sua criação deram o seu tempo, poderiam sair com o sentido de dever cumprido, mas num ano fomos muito mais além. Combatemos energicamente um Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) castrador da autonomia universitária e da participação dos alunos nos órgãos de gestão das Instituições de Ensino Superior; realizamos a primeira Semana Cultural da Universidade de Lisboa, a que compareceram cerca de 3 mil estudantes numa noite inigualável; participamos em dois Encontros Nacionais de Dirigentes Associativos, num dos quais trabalhamos para a eleição do colega Paulo Pinheiro como representante nacional do Ensino Superior no Conselho Consultivo da Juventude.

Em 5 anos de Associativismo Estudantil nunca fui figura de proa, nem tão pouco presidente de coisa alguma, mas nenhuma das recordações aqui expressas, deixo de considerar como minhas e de recordar com um carinho imenso.

Por último, e porque confio no futuro da AAUL desejo os maiores sucessos à Direcção Geral que hoje toma posse e renovo o convite a que contem comigo em tudo o que acharem que poderei ser útil.

Quanto a mim, e porque não há lugares na história para Dirigentes Associativos, outros desafios me bateram à porta, porque um ex-Dirigente Associativo é alguém que sempre participará cívica e activamente de uma forma altruísta e movida por valores e vontade de ser socialmente válido.


"Deus quer; o homem sonha; a obra nasce" - Fernando Pessoa

Vida, Família e Humanismo

A constituição pastoral Gaudium et Spes de 1965, elaborada em plena espírito de comunhão com o Concílio Vaticano II, veio definir a visão católica no que diz respeito às normas fundamentais das sociedades e dos estados.
Em Portugal, uma das cinco nações mais cristãs da Europa, os católicos têm tido desde sempre, um fraco sentido de participação política enquanto conjunto de cidadãos empenhados na defesa da dignidade Humana, na protecção da vida e no respeito pela família tradicional; tópicos mencionados como nucleares na Constituição pastoral de 1965.
Sem dúvida que Portugal conta com uma Igreja interveniente no que diz respeito ao apoio aos mais desprotegidos (famílias pobres, imigrantes idosos, órfãos, etc..), através das Santas Casas, da Cáritas Diocesana e de muitas outras instituições dependentes de Institutos Seculares, de paróquias, de movimentos católicos, etc...
Infelizmente toda a acção social da Igreja está dependente de um sistema que faz do laicismo religião, veja-se neste sentido, a legalização do aborto, a perseguição movida aos capelães nos Hospitais, a tentativa da Segurança Social de se apropriar das Casas do Gaiato, a retirada dos crucifixos das escolas (mesmo que estas se situem em zonas rurais fortemente católica), o fim das ajudas financeiras à Universidade Católica e a própria ridicularizarão a que os católicos estão vetados.
Depois desta breve reflexão, penso que há duas perguntas a fazer: é necessário os católicos unirem-se em prol da construção de uma sociedade mais justa e cristã? Se sim, em que organização ou partido?
Para já eu próprio irei reflectir sobre a questão....

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nova Lei do Tabaco


Esta nova Lei do Tabaco motiva apenas um comentário:

Caro cidadão se quiser usufruir de uma bela moca, através da ingestão intra venosa de uma bela dose, é só deslocar-se a uma sala de chuto. Oferecemos uma casa bem equipada e higienizada, assistência técnica à injecção e material esterelizado.
Mas meu caro Cidadão mal de si se puxar de um cigarro, já que estará num espaço público e aí parece crime fumar.

No entanto, este comentário em nada obsta a que efectivamente considere que é preciso tutelar o direito à saúde dos não fumadores. Parece é que não é certamente através de uma caça às bruxas que se atinge esse objectivo.

Numa sociedade de pessoas livres é importante que impere o bom senso e não a demagogia e o populismo bacoco destas medidas.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Tratado de Lisboa (parte I)

Foi esta semana assinado em Lisboa o novo Tratado da União Europeia, numa cerimónia que contou com a presença de representantes dos 27 Estados Membros, ainda que Gordon Brown apenas tenha estado presente durante o almoço. Foi com um post sobre esta matéria que se iniciou esta sociedade dos livres, no entanto cabe precisar alguns pontos.

Primeiramente, é evidente que para Portugal é importante deixar a sua marca na assinatura de um Tratado que vai reformular toda a estrutura institucional da União. Bem como, quem se dedique aos Estudo dos actuais mecanismos da Comunidade, facilmente compreenderá que há uma real necessidade de adaptar esses mecanismos aos sucessivos alargamentos da União. Ou seja, a Presidência Portuguesa acaba por desempenhar um papel de extrema importância renovando a vitalidade da construção do projecto europeu.

Há no entanto em todo este processo de renovação passos e direcções que causam algum receio e preocupação a qualquer euro convicto, como o sou. Verdade seja dita, os dirigentes políticos europeus já deviam ter entendido isso a quando da primeira proposta de Constituição Europeia chumbada, em referendo pela França e pela Holanda.

As conclusões deste chumbo parecem ainda não terem sido completamente interiorizadas reflectidas e analisadas, pelos Estados Membros, mas os governantes europeus, ao invés dessa análise fundamental para o futuro da Europa, caminharam no sentido de vencerem todos os cidadãos europeus pelo cansaço, apresentado uma nova proposta bastante idêntica, se não mesmo mais arriscada, que a anteriormente chumbada.

Em grande medida contribui a Alemanha, o que não surpreende, já que esse é o modus operandi normal do Estado Alemão. Pense-se o no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) que é proposto pela Alemanha que vem a ser um dos primeiros Estados Membros a incumpri-lo. A diferença é que o PEC era um anexo aos Tratados, com uma importância secundária, ao passo que o Tratado de Lisboa, a ser ratificado, será o pilar, a base e o fundamento de toda a União.
Voltarei a este tema num futuro post, mas para já deixava o aviso de que numa fase em que a Europa se encontra numa refundação, esta não pode ficar dependente das precipitações alemãs.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Até ao Fim do Fim




Então está tudo dito meu amor,

Por favor não penses mais em mim,

O que é eterno acabou connosco,

E este é o princípio do fim.


Então está tudo dito meu amor,

Por favor não penses mais em mim,

O que é eterno acabou connosco,

E este é o princípio do fim.


Mas sempre que te vir eu vou sofrer,

E sempre que te ouvir eu vou calar,

Cada vez que chegares eu vou fugir,

Mas mesmo assim amor eu vou- te amar,

Até ao fim do fim eu vou-te amar.

Até ao fim do fim eu vou-te amar.


Então está tudo dito meu amor,

Acaba aqui o que não tinha fim,

Para ser eterno tudo o que pensamos,

Precisava que pensasses mais em mim.


Para ti pensar a dois é uma prisão,

Para mim é única forma de voar,

Precisas de agradar a muita gente,

Eu, por mim, só a ti queria agradar.


Mas sempre que te vir eu vou sofrer,

E sempre que te ouvir eu vou calar,

Cada vez que chegares eu vou fugir,

Mas mesmo assim amor eu vou-te amar,

Até ao fim do fim eu vou-te amar,

Até ao fim do fim eu vou-te amar.


(Ana Moura, in Para além da Saudade)


Através do fado é mais fácil entender certas fases da nossa vida.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Eleições da AAUL

Gostava de deixar aqui os parabéns ao colega Paulo Pinheiro pela apresentação da sua candidatura à Associação Académica da Universidade de Lisboa. Não só pela pessoa que encabeça este projecto, como também pelas ideias que quer trazer à Universidade de Lisboa, numa época tão difícil como a actual devido à implementação do processo bolonha, da aplicação do RJIES, entre outros.

Caro Paulo os meus mais sinceros parabéns e votos de um enorme sucesso.

p.s.- as eleições são dia 6 e 7 espero que os alunos da Universidade de Lisboa votem por uma Associção Académica com Qualidade e Visão de futuro.

www.listar-aaul.blogspot.com