terça-feira, 22 de abril de 2008

Proposta de Regulamento do CMJ

Exposição de motivos

A política de juventude não pode ser tratada de uma forma exterior aos jovens e sem a sua consulta, os jovens são cidadãos dinâmicos e intervenientes em todo o processo social.
É imperativo consultar, de uma forma periódica e concreta, as dinâmicas de juventude, definindo as suas necessidades, tendências e expectativas, construindo em conjunto com os representantes juvenis, acções adaptadas às suas realidades e coordena-las.
Nesta visão, de uma juventude participativa e participada, a Câmara Municipal do Barreiro implementa o Conselho Municipal da Juventude, vendo nos jovens parceiros e fim último de toda e qualquer política de juventude, promovendo acções conjuntas, com vista à criação e fruição de uma mais concreta e responsável, política municipal de juventude.
Contudo, a criação do Conselho Municipal é animada por dois princípios essenciais, que cabe ao Regulamento deste órgão conciliar dentro do possível. Se por um lado se pretende que o Conselho Municipal da Juventude seja um órgão participado por toda a juventude barreirense; por outro, facilmente se compreende que este órgão eminentemente político não se pode tornar demasiado pesado, sob pena de se dificultar a geração de consensos e de concretização das atribuições do Conselho Municipal da Juventude. Em suma, urge compatibilizar o princípio da participação generalizada dos jovens barreirenses com o princípio da eficiência deste órgão.
Propõe-se, para tanto, a existência de um majorante comum a todos os participantes com assento no Conselho Municipal da Juventude, para além do desenvolvimento de actividades destinadas aos jovens barreirenses. Sendo que se dá uma maior prevalência à eficiência do Conselho Municipal da Juventude em detrimento da participação; que será privilegiada no Fórum da Juventude.
A participação juvenil, no domínio da política de juventude do executivo camarário, exige também uma maior segurança e efectivação, no que toca à circulação de informação e acesso a documentos, pelo que desta feita fica esta matéria estabilizada e regulamentada, garantindo aos jovens uma participação esclarecida.
Ainda no domínio da participação juvenil é fundamental que sejam os jovens a deter o papel decisório, embora remetendo a sua execução ao executivo camarário, pelo que caberá dotar as Associações Juvenis uma capacidade tão ampla quanto possível. Assim, é de entender que os representantes de órgãos autárquicos e assessores próximos da Câmara Municipal do Barreiro devem ter um papel meramente participativo, nas reuniões, mas sem qualquer interferência nas decisões do Conselho Municipal da Juventude. Em abono deste entendimento diga-se que sendo o Conselho Municipal da Juventude um órgão eminentemente político e consultivo, poderão os representantes dos órgãos autárquicos ou próximos deles, condicionar a orientação dos diversos pareceres, informações e propostas que fundamentam a actividade do Conselho Municipal da Juventude.
Fundamental será também que a actividade do Conselho Municipal da Juventude chegue a todos os jovens da cidade do Barreiro, pelo que é fundamental assegurar canais de divulgação desta actividade através, não só dos meios camarários (boletim municipal), como dos órgãos de comunicação social locais e da própria Internet (transmissão em directo das reuniões).
Não obstante a participação e presença dos representantes autárquicos e assessores próximos ser fundamental no decorrer dos trabalhos deste órgão. Desde logo, para o esclarecimento de todas e quaisquer dúvidas que possam ser suscitadas pela documentação, bem como todo um manancial de informação que os representantes juvenis não possuem sobre a actividade autárquica da nossa cidade.
No domínio das competências do Conselho Municipal da Juventude propõe-se que este tenha um poder consultivo primordial no que se referir a matérias políticas de juventude. A este órgão caberá dar parecer consultivo sobre as mais diversas áreas da política de juventude: desde a realização de eventos, até a matérias financeiras circunscritas ao âmbito juvenil.
Por último, cabe salientar a necessidade de estabilidade no funcionamento e organização das reuniões do Conselho Municipal da Juventude. Este é um princípio basilar para que se fomente a cultura democrática e regras de convivência entre todos os membros deste órgão. Para assegurar essa estabilidade e uma maior participação das várias sensibilidades existentes na nossa cidade, propõe-se que o regulamento do Conselho Municipal da Juventude seja aprovado pela Assembleia Municipal do Barreiro. Em virtude, de a Assembleia Municipal ser por excelência o órgão representativo de todos os eleitores barreirenses.
No respeito por estes princípios e ideias basilares crê-mos estar assegurada a melhor forma de levar a cabo uma verdadeira política de juventude participada e informada, de forma a que os jovens barreirenses se sintam parte na decisão e não mero objecto do decidido.












Proposta de Regulamento do Conselho Municipal da Juventude

Capitulo I
Disposições Gerais

Artigo 1º
(Objecto)
O presente regulamento estabelece as regras de funcionamento, competências e composição do Conselho Municipal do Barreiro.

Artigo 2º
(Conselho Municipal da Juventude)
O Conselho Municipal da Juventude (de agora em diante designado CMJ) é o órgão consultivo, que funciona junto à Câmara Municipal do Barreiro, relativamente às áreas de intervenção subordinadas à Juventude.

Artigo 3º
(Fins)
O Conselho Municipal do Barreiro prossegue os seguintes fins:
a) Colaborar na definição e execução das políticas municipais de juventude, assegurando a sua articulação e coordenação com outras políticas sectoriais, nomeadamente nas áreas do emprego e formação profissional, habitação, educação e ensino superior, cultura, desporto, ambiente, saúde e acção social;
b) Assegurar a audição e representação das entidades públicas e privadas que, no âmbito do Concelho do Barreiro ou no âmbito nacional, prosseguem actividades relativas à juventude;
c) Contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos indicadores económicos, sociais e culturais relativos à juventude;
d) Promover a discussão das matérias relativas às aspirações e necessidades da juventude residente no Barreiro;
e) Colaborar com os órgãos autárquicos do Concelho no exercício das competências destes relacionadas com a juventude;
f) Incentivar e apoiar a actividade associativa juvenil, assegurando a sua representação junto dos órgãos autárquicos, bem como junto de outras entidades públicas e privadas nacionais ou estrangeiras;
g) Promover a colaboração e a troca de experiências entre associações juvenis no seu âmbito de actuação.

Capitulo II
Composição
Artigo 4º
(Composição)
1- O Conselho Municipal do Barreiro é composto por:
a) O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, ou em quem este o delegue;
b) O Vereador responsável pelo Pelouro da Juventude;
c) Um deputado municipal de cada partido ou grupo de cidadãos eleitores representados na Assembleia Municipal;
d) Um representante de cada associação juvenil com sede no Concelho, que represente mais de 50 associados;
e) Um representante de cada Associação de Estudantes do Ensino básico e secundário com sede no Conselho;
f) Um representante da estrutura local de cada organização partidária de juventude pertencentes aos partidos políticos com representação nos órgãos do município ou na Assembleia da República;
g) Os representantes do Gabinete da Juventude da Câmara Municipal do Barreiro;
h) O responsável pela juventude de cada Junta de Freguesia;

Artigo 5º
(Deputados Municipais)
1- Para efeitos do disposto na alínea c) do artigo anterior, os partidos ou grupos de cidadãos eleitores representados na Assembleia Municipal devem indicar um deputado municipal com idade inferior a 30 anos.
2- Apenas poderá ser indicado um deputado municipal, com idade superior a 30 anos, se nenhum dos eleitos cumprir tal requisito.

Artigo 6º
(Observadores permanentes)
Os órgãos de comunicação social têm o estatuto de observadores permanentes, sem direito a voto ou ao uso da palavra.

Artigo 7º
(Participantes externos)
Por deliberação do Conselho Municipal da Juventude, podem ser convidados a participar nas suas reuniões, sem direito a voto, pessoas de reconhecido mérito, outros titulares de órgãos da autarquia ou representantes de entidades, públicas ou privadas, cuja presença seja considerada útil para os trabalhos.

Artigo 8º
(Indicação e substituição dos membros)
1- Os representantes das associações juvenis, de estudantes, ou das juventudes partidárias, são indicados por comunicação escrita, dos respectivos órgãos sociais, dirigida ao presidente do Conselho Municipal da Juventude.
2- A comunicação escrita a que se refere o número anterior deve incluir a identificação de suplentes.
3- As entidades referidas no nº1 podem substituir os seus representantes a todo o tempo, mediante nova comunicação escrita ao presidente do Conselho Municipal da Juventude.
4- O Presidente da Câmara Municipal pode delegar a sua representação no Vice-Presidente ou qualquer vereador à excepção do responsável pelo pelouro da juventude.

Capitulo III
Competências

Artigo 9º
(Competências consultivas)
1- Compete ao Conselho Municipal da Juventude emitir parecer obrigatório sobre as seguintes matérias:
a) Linhas de orientação geral da política municipal para a juventude, constantes do plano actual de actividades;
b) Orçamento municipal, no que respeita às dotações afectas às políticas de juventude e às políticas sectoriais com aquelas conexas, nomeadamente as constantes do artigo 3º alínea a).
c) Projectos de regulamentos e posturas municipais que versem sobre matérias que respeitem às políticas de juventude;
d) Projectos de planos municipais de Ordenamento do Território, no que respeita ao seu impacto nas políticas de juventude.
2- O Conselho Municipal da Juventude deve ainda ser auscultado pela Câmara Municipal durante a elaboração dos projectos de actos previstos no número anterior.
3- Compete ainda ao Conselho Municipal da Juventude emitir parecer sobre iniciativas da Câmara Municipal com incidência nas políticas de juventude, mediante solicitação da câmara municipal, do presidente da câmara ou dos vereadores, no âmbito das competências próprias ou delegadas.
4- A Assembleia Municipal pode também solicitar a emissão de pareceres ao conselho municipal sobre matérias da sua competência com incidência nas políticas de juventude.

Artigo 10º
(Emissão de pareceres obrigatórios)
1- Para efeitos de emissão dos pareceres previstos no artigo anterior, a Câmara Municipal, deve, durante a sua elaboração e após a sua aprovação, remeter ao Conselho Municipal da Juventude todas as informações relevantes sobre as diversas decisões mencionadas.
2- A aprovação do Orçamento e plano de actividades pela Assembleia Municipal só pode ocorrer após a emissão de parecer pelo Conselho Municipal de Juventude ou após o decurso de um prazo de 15 dias contados da data em que este tiver recebido os projectos.

Artigo 11º
(Competências de acompanhamento)
Compete ao Conselho Municipal da Juventude acompanhar e emitir recomendações aos órgãos do município sobre as seguintes matérias:
a) Execução da política municipal da juventude;
b) Incidência na área do concelho da evolução das políticas públicas com impacto na juventude, nomeadamente nas áreas referidas no nº3 alínea a).
c) Incidência da evolução da situação socio-económica do município entre a população jovem do concelho;
d) Participação cívica da população jovem do Concelho, nomeadamente no que respeita ao Associativismo Juvenil.

Artigo 12º
(Competências eleitorais)
Compete ao Conselho Municipal da Juventude eleger o representante do município nos concelhos regionais de juventude.

Artigo 13º
(Divulgação e informação)
Compete ao Conselho Municipal da Juventude, no âmbito da sua actividade de divulgação e informação:
a) Promover o debate e discussão de matérias relativas à política de juventude, assegurando a ligação entre os jovens residentes no Concelho do Barreiro e os titulares dos órgãos da autarquia;
b) Divulgar junto da população jovem residente no Concelho as suas iniciativas e deliberações, nomeadamente através da Internet e da imprensa local;
c) Promover a realização e divulgação de estudos sobre a situação dos jovens residentes no Concelho do Barreiro.

Artigo 14º
(Organização Interna)
No âmbito da sua organização interna, compete ao Conselho Municipal da Juventude:
a) Aprovar o plano e o relatório de actividades;
b) Aprovar o seu regimento interno;
c) Constituir comissões eventuais para atribuições temporárias.

Artigo 15º
(Competências cometidas pela Assembleia Municipal)
A Assembleia Municipal pode cometer ao Conselho Municipal da Juventude, por deliberação, outras competências para além das previstas no presente regulamento.

Artigo 16º
(Coordenação em matéria educativa)
Compete ainda ao Conselho Municipal da Juventude acompanhar a evolução da política de educação em coordenação com o Conselho Municipal da Educação, através do envio recíproco das suas deliberações em matéria educativa.

Artigo 17º
(Comissões intermunicipais de juventude)
Para o exercício das suas competências no que respeita a políticas de juventude comuns a diversos municípios, o Conselho Municipal da Juventude pode estabelecer formas de cooperação permanente, através de comissões intermunicipais de juventude.

Capitulo IV
Direitos e deveres dos Membros do Conselho Municipal da Juventude

Artigo 18º
(Direitos)
1- Os membros do Conselho Municipal da Juventude designados nas alíneas d) a f) do artigo 4º têm o direito a:
a) Intervir nas reuniões do plenário ou das secções especializadas de que façam parte;
b) Participar nas votações de todas as matérias submetidas à apreciação do Conselho Municipal da Juventude;
c) Propor a adopção de recomendações pelo Conselho Municipal da Juventude;
d) Solicitar e obter acesso à informação e documentação necessárias ao exercício do seu mandato, junto dos órgãos e serviços das autarquias locais, bem como das respectivas entidades empresariais municipais;
2- Os restantes membros do Conselho Municipal da Juventude, nomeadamente os referidos nas alíneas a), b), c), g) e h) do artigo 4º, apenas gozam dos direitos referidos nas alíneas a), c) e d) do número anterior.

Artigo 19º
(Deveres)
Os membros do Conselho Municipal da Juventude têm o dever de:
a) Participar assiduamente nas reuniões do Conselho Municipal da Juventude, ou fazer-se substituir quando legalmente possível;
b) Contribuir para a dignificação dos trabalhos do Conselho Municipal da Juventude;
c) Assegurar a articulação entre as entidades que representam e o Conselho Municipal da Juventude, através da transmissão de informação sobre os trabalhos deste.

Capitulo V
Organização e funcionamento

Artigo 20º
(Funcionamento)
1- O Conselho Municipal da Juventude pode reunir em plenário e em secções especializadas permanentes.
2- O Conselho Municipal da Juventude deve consagrar no seu regimento interno a constituição de uma comissão coordenadora que assegure o seu funcionamento entre reuniões do plenário.
3- O Conselho Municipal da Juventude pode ainda deliberar a constituição de comissões eventuais de duração temporária.

Artigo 21º
(Plenário)
1- O plenário do Conselho Municipal da Juventude reúne ordinariamente quatro vezes por ano, sendo uma das reuniões destinada à apreciação e emissão de parecer em relação ao plano anual de actividades e ao orçamento do município e outra destinada à apreciação do relatório de actividades do município.
2- O plenário reúne ainda extraordinariamente por iniciativa do seu Presidente ou mediante requerimento de pelo menos um terço dos membros com direito de voto.
3- Caso o Presidente não proceda à convocação do plenário no prazo de oito dias, contados da entrega do requerimento para o efeito, pode o primeiro subscritor do pedido remeter as convocatórias.
4- Caso o Presidente não compareça, nem se faça substituir, na reunião convocada nos termos do número anterior, compete ao plenário a eleição de um presidente ad hoc de entre os seus membros, em sessão presidida por um dos secretários da mesa, ou pelos seus substitutos, preferindo o mais novo.
5- No início de cada mandato o plenário elege dois secretários de entre os seus membros que, juntamente com o presidente, constituem a mesa do plenário do Conselho Municipal da Juventude.
6- As reuniões do Conselho Municipal da Juventude devem ser convocadas em horário compatível com as actividades académicas e profissionais dos seus membros.

Artigo 22º
(Competências da Mesa do Plenário)
Compete à Mesa do plenário:
a) Coordenar as reuniões do Conselho Municipal da Juventude, tendo em conta a Ordem de Trabalhos;
b) Redigir a acta da reunião, bem como concretizar a convocação do plenário para as reuniões ordinárias e extraordinárias;
c) Dar a conhecer os pontos em discussão, tendo em conta a Ordem de Trabalhos.

Artigo 23º
(Convocação do Conselho Municipal da Juventude)
1- As reuniões ordinárias do Conselho Municipal da Juventude são convocadas com uma antecedência mínima de oito dias e as reuniões extraordinárias com uma antecedência mínima de cinco dias, por via postal, correio electrónico ou por via telefónica.
2- Na convocatória deve constar a data, a hora e local da reunião e a Ordem de Trabalhos, bem como toda a documentação necessária.
3- O Conselho Municipal da Juventude reúne à hora marcada na convocatória, no caso de estarem presentes pelo menos metade dos seus membros.
4- Caso não se encontrem presentes os membros previstos no número anterior o Conselho Municipal da Juventude reúne passados 30 minutos com os membros presentes, não perdendo as suas deliberações legitimidade.

Artigo 24º
(Deliberações)
5- As deliberações são tomada por maioria simples dos membros presentes;
6- As declarações de voto terão que ser escritas para poderem ser anexadas à acta;
7- As votações realizam-se por escrutínio secreto sempre que estejam em causa pessoas.


Artigo 25º
(Comissão Coordenadora)
1- A Comissão Coordenadora exerce as competências que lhe forem delegadas pelo plenário no período que medeie as reuniões daquele.
2- A Comissão Coordenadora deve integrar a mesa do plenário e pelo menos um representante de cada uma das categorias dos membros elencados no artigo 4º.

Artigo 26º
(Secções Especializadas Permanentes)
1- Para preparação dos pareceres a submeter à apreciação do plenário do Conselho Municipal da Juventude podem ser constituídas secções especializadas permanentes no regimento interno.
2- Podem ainda ser constituídas secções especializadas compostas apenas por um representante de cada categoria ou de várias categorias de membros identificados no artigo 4º.

Artigo 27º
(Comissões eventuais)
Para apreciação de questões pontuais, de duração limitada, pode o plenário deliberar a constituição de comissões eventuais, podendo delegar-lhes as competências que entender necessárias para o efeito.

Capitulo VI
Apoio à actividade do Conselho Municipal da Juventude

Artigo 28º
(Apoio logístico e administrativo)
O apoio logístico e administrativo ao Concelho Municipal da Juventude e aos eventos organizados por sua iniciativa, nomeadamente a realização de encontros de jovens, colóquios, seminários ou conferências ou a edição de materiais de divulgação é assegurado pela Câmara Municipal do Barreiro.

Artigo 29º
(Instalações)
8- O Conselho Municipal reúne em instalações cedidas pela CMB, a quem compete assegurar o apoio técnico, de forma a permitir o bom funcionamento do mesmo.
9- O Conselho Municipal pode, ainda, solicitar a cedência de espaço à Câmara Municipal para organização de actividades e audição de entidades.

Artigo 30º
(Publicidade)
1- O município deve disponibilizar o acesso do Conselho Municipal da Juventude ao seu boletim municipal para que este possa publicar as suas deliberações e divulgar as suas iniciativas.
2- Deve também o município assegurar a divulgação na Internet em directo das reuniões do Conselho Municipal da Juventude.

Artigo 31º
(Sítio na Internet)
O município deve disponibilizar uma página no seu sítio da Internet ao Conselho Municipal da Juventude para que este possa manter informação actualizada sobre a sua composição, competências e funcionamento e divulgar os conteúdos referidos no artigo anterior.

Artigo 32º
(Disposições finais)
Qualquer lacuna do presente regulamento será decidida pela Mesa do Plenário, podendo a Mesa recorrer para decisão do plenário.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Call Girl

Os comunistas foram ao cinema ver Call Girl. Deram-lhe bola preta. Não por causa dos méritos ou deméritos da realização de António-Pedro Vasconcelos. Mas porque o protagonista do filme é (supostamente) um autarca corrupto do PCP. O verdadeiro comunista não se deixa deslumbrar pelas curvas sinuosas de Soraia Chaves, que passa metade do tempo mais despida do que a Avenida da Liberdade no Inverno - põe é o olho na filiação partidária de Nicolau Breyner, e denuncia: "É absurdo que se procure fazer a identificação do autor da corrupção com um presidente de câmara comunista, quando a realidade mostra que tem sido o PCP que menos motivos tem dado para ser apontado como exemplo de práticas de corrupção no poder local."Quem escreveu isto não foi um velhinho que ajudou à queda de Nicolau II. Foi Abílio Fernandes, actual deputado do Partido Comunista Português e antigo presidente da Câmara de Évora, num pequeno texto de opinião publicado no Público. Foi secundado por dois ilustres companheiros de partido, Vítor Dias e Sérgio Ribeiro. Foi depois rebatido por Nicolau Breyner e António-Pedro Vasconcelos, que, em declarações ao Correio da Manhã, garantiram que o autarca não é do PCP (a sua filiação partidária nunca é explicitamente referida) e que o mais provável é Abílio Fernandes ter visto o filme "a dormir". Tendo em conta a já referida performance de Soraia Chaves, posso assegurar que Call Girl dá tudo menos sono. A questão, de facto, não é essa - é outra, bem mais interessante.Call Girl conta a história de um autarca alentejano que resiste à construção de um megaempreendimento turístico, até ao momento em que uma prostituta de luxo é contratada para o fazer mudar de ideias. Se os comunistas fossem capazes de ver no mundo outras cores para além do vermelho, perceberiam que Call Girl não é um filme sobre corrupção - é um filme sobre a paixão e o poder das mulheres. Aquele autarca nunca é retratado de forma negativa. Pelo contrário, no início é apresentado como um homem íntegro, que resiste corajosamente à investida do grande capital (esse malandro), até ao momento em que Soraia Chaves se lhe atravessa no caminho com dois argumentos imbatíveis. Na verdade, a personagem de Nicolau Breyner não se deixa corromper - ela deixa-se seduzir. Perdidamente. A corrupção é apenas um efeito secundário da paixão. É sintomático que no século XXI os comunistas continuem a confundir os dois conceitos, preferindo perorar sobre "opções ideológicas manipuladoras" e a propagação de ideias subversivas. Soraia está nua e Abílio pensa na militância. É por isso que o Muro de Berlim caiu.

Pois para mim, pelo contrário até achei as passagens em que apareciam mençõs ao PCP como uma forma de propaganda comunista. Essencialmente a apresentação do funeral do grande comunista Cunhal.

Ainda assim concordo com João Miguel Tavares; prefiro a Soraia Chaves toda vestida que um comunista todo nú.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Conselho Municipal da Juventude. Quase uma realidade... (in Notícias do Barreiro)

A Juventude Popular tem feito uma campanha de defesa da criação, no Barreiro, do Conselho Municipal da Juventude. Desde que participou activamente no último Fórum da Juventude, esta estrutura sentiu necessidade de se criarem normas de participação nas políticas da juventude e concentrar a discussão das mesmas, em exclusivo, nos jovens que residem e vivem na nossa cidade.

Não que a criação por si só do Conselho Municipal da Juventude satisfaça todos os desejos e resolva todos os problemas da juventude barreirense, no entanto a defesa da criação deste órgão municipal passa pela aproximação dos jovens dos centros de decisão e da assunção de responsabilidades na execução das políticas que a eles dizem respeito. Num momento em que cada vez mais se sente o afastamento da população em geral da causa pública, mas essencialmente do escalão etário mais jovem a Juventude Popular vê neste órgão uma forma de chamar os jovens à participação cívica e à efectiva capacidade de participar na gestão da cidade.

Foi com enorme satisfação que vi recentemente o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro - seguindo uma das bandeiras que a Juventude Popular tomou como sua - assumir, para com os jovens do Barreiro, o compromisso de criar esta estrutura institucional na nossa cidade. Ao contrário do Fórum da Juventude que tão acerrimamente era defendido pela Vereadora Regina Janeiro, após a criação do Conselho Municipal da Juventude poderá a própria juventude criar vínculos políticos e concretos para o executivo camarário. Por saber ficam apenas quais as razões que se encontram por trás desta troca de opinião, por parte do executivo camarário, mas quero acreditar que a força do bom senso e a força das boas ideias se sobrepôs às meras razões de taticismo político que levavam a reuniões vazias de conteúdo.

Os jovens barreirenses conseguem assim transformar o conceito de participação que a Câmara Municipal do Barreiro tem vindo a defender desde o início do mandato. Ao invés de as reuniões se pautarem por meras sugestões e deambulações sobre diversos temas, passam agora a assumir uma postura mais institucionalizada e mais concreta de onde resultarão necessariamente resultados mais profícuos para os órgãos de decisão e os órgãos consultivos.
A possibilidade de vinculação política do executivo camarário será aliás uma das imposições legais de um projecto de lei que a Juventude Socialista irá apresentar, a breve trecho, na Assembleia da República e tudo indica será aprovado, por larga maioria dos deputados em exercício de funções. Fundamental será desde já olhar para este projecto de lei de molde a cumprir desde logo as exigências legais na elaboração do Regulamento do Conselho Municipal da Juventude.
A Juventude Popular sendo a principal impulsionadora e defensora da criação deste órgão não se irá demitir de apresentar uma proposta de regulamento do Conselho Municipal da Juventude; para tanto procurará recolher todos os contributos que as várias estruturas juvenis queiram dar para tal objectivo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

John McCain, o republicano sensato

Ontem, o veterano John McCain assumio-se como claro favorito à nomeação republicana na corrida à Casa Branca.

Frente ao radicalismo restauracionista de Mitt Romney e de Mike Huckabee, o senador pelo Arizona teve sempre uma postura de conservador moderado muito mais próximo dos parâmetros europeus do que da direita radical americana.

Depois do Senador Sam Brownback ter desistido da sua candidatura( para apoiar McCain), tornou-se claro, pelo manos para mim, que o único capaz de fazer frente ao populismo utópico de Obama e à postura "caviar" de Hillary era John McCain.

Por agora só nos resta esperar e acreditar que o povo americano vai escolher o candidato da família, dos (verdadeiros) valores cristãos e da Liberdade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Expiação


Expiação marcará a sétima arte para o futuro. Não tanto pela densidade ou originalidade do argumento, mas antes por tudo o que envolve um verdadeiro filme que merece ser consagrado como “obra-prima” do cinema.

O guarda-roupa de todas as personagens está incrivelmente próximo da época que o filme retrata (recordo a imagem dos dois gémeos com o seu fatinho de ginástica). A isto acresce todo um cuidado primoroso de construção dos cenários em todas as cenas e em todos os planos que Joe Wright nos proporciona.

Realçaria ainda a diferença dos figurantes nas duas horas em que se desenrola a acção. Os figurantes ganham vida e desempenham uma espécie de segunda história dentro da história de amor dos protagonistas. Para além de este não ser o normal filme de amor lamechas, já que o final surpreende o mais preparado dos membros da plateia.

Só lamento que no meio do enredo, o meu pensamento se tenha desviado do filme, porque me veio à cabeça Paulo Pedroso, vejam o filme e irão perceber porquê… Mas nada me saberá melhor que uma segunda ida ao cinema.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Locura ideológica


Hoje apteceu me recordar uma Locura ideológica!!!
Cometida em terras de Fidel.
Obrigado Tita por teres captado o momento.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Comentário na Carreira 7 do Rostos

As Bocas
Há dias alguém comentava que a politica no Barreiro tinha as suas coisas, dizia, que para tal basta verificar o seguinte : “No PSD não há listas e adiaram as eleições. No PS há listas a mais. No Bloco de Esquerda não há gente para fazer listas. No CDS vão abrir sede sem terem ainda listas. No PCP não é preciso fazer listas”.
Pronto. Registe-se…

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Previsões para 2008 - parte II (in www.rostos.pt)

É agora o tempo de prever o ano de 2008 para as forças políticas ditas de direita, no Barreiro. Refiro-me claro está ao PSD e ao CDS-PP, já que todas as outras foram analisadas anteriormente.
Ainda 2008 nem quase começou e o PSD já anda à deriva, sem comandante para controlar o bote. Preocupante mesmo é que de toda a tripulação que antes navegava no bote Vitorino agora se manda borda fora e recusa a tomar o leme. O PSD passará assim o ano de 2008 na procura do sucessor de Bruno Vitorino, já que Miguel Amado não o foi. Para além dessa busca faltará ainda ver os efeitos que terá o combate interno, entre o Vereador do Ambiente e o líder de bancada do PSD na Assembleia Municipal. Teremos um partido a duas vozes? Ou será Miguel Amado capaz de olvidar a quezília que Vitorino tem transposto para os jornais contra si?
Vitorino possivelmente abandonará a realidade barreirense para passar a estar mais centrado em temas nacionais, preparando já a sua candidatura a deputado pelo círculo de Setúbal. No burgo esperasse um PSD sem força, sem carisma e sem trabalho, caminho para um baixo resultado eleitoral em 2009 (longe vão as capas de jornais onde Vitorino anunciava que um dia seria Presidente da Câmara).
Neste marasmo da política local barreirense em que à esquerda aguarda-se a reeleição de Carlos Humberto e de Luís Ferreira como presidente do PS e um PSD que fica órfão; a grande novidade apenas poderá vir de um CDS-PP sem grandes tradições mas com vontade e desejos de um Barreiro diferente.
A confirmar essa vontade de fazer diferente e de estar de forma diferente no Barreiro, o CDS começou já o ano de 2008 com a notícia de uma sede na nossa cidade e da eleição de uma nova comissão política concelhia. Este poderá, e será certamente, o ano do CDS-PP, já que há volta se continua à espera de um pouco mais do mesmo.

17.1.2008 - 0:51

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Nós, a Europa e a Irlanda

É com júbilo que sei que o governo da Irlanda é favorável à rectificação do Tratado de Lisboa por Referendo.

É com tristeza que sei que o nosso governo socialista pretende impor o Tratado aos portugueses por meio de rectificação parlamentar, ou seja, pretende que o PS decida pelo povo português.

Sem por em causa os princípios da democracia representativa, que é, afinal de contas, o pior sistema à excepção de todos os outros (já dizia o grande Winston Churchill), penso que no que toca à soberania, lá deviam fazer o favor aos portugueses e perguntar-nos se estamos dispostos a prescindir de parte da nossa independência, a favor de um Tratado sem modelo social, federalista e que esquece a herança cristã dos povos que fazem da Europa o continente da cultura, da filosofia, do conhecimento, etc...

Sou europeísta, e é por isso mesmo que quero uma Europa de liberdade, uma Europa na qual sejamos nós, os europeus, a dizer que rumo pretendem, e estou certo que nós, portugueses, e os nossos irmãos europeus sabem que a riqueza da Europa é a sua diversidade cultural. Vamos dizer não à Europa dos burocratas, dos tecnocratas e do grande capital! Vamos lutar por uma Europa dos povos e das nações, por uma Europa das democracias e da liberdade, por uma Europa, que pela Graça de Deus, siga o seu caminho Em Liberdade!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Ratificação Parlamentar

Lamentavelmente Portugal perde mais uma hipótese de discutir em prime-time o projecto europeu. Amanhã confirma-se isso formalmente, mas materialmente Sócrates já o anunciou hoje.

Escusado será dizer que parece haver um acordo de cavalheiros entre os governantes dos 27 Estados Membros, para uma ratificação parlamentar.
Apenas a Irlanda é forçada a ir a referendo e esperemos que seja esse o Estado salvador deste caminho federal que segue o projecto europeu.

Previsões para 2008 - parte I (in www.rostos.pt)

Antes de tudo mais, gostaria de começar por deixar os meus votos de um óptimo 2008 para todos os leitores do Rostos, em especial a esta fantástica equipa que diariamente nos serve as informações mais relevantes do nosso Distrito; sempre de uma forma independente e descomprometida com qualquer ideologia politica ou comando partidário.
Neste entrar de novo ano gostaria de iniciar, a minha participação na comunicação social barreirense, por fazer uma projecção do que o Barreiro pode esperar em termos políticos para os próximos 12 meses.
A Câmara Municipal do Barreiro, em 2008, reserva certamente grandes surpresas. Relembre-se que é ano de véspera de eleições autárquicas e nesse sentido a CDU desejará marcar o seu mandato de alguma forma (já que até ao momento nada de original ou de inovador trouxe à nossa cidade). Numa espécie de vidente, mas com pouca capacidade de antecipação, quase me arriscaria a dizer que esse marco será finalmente o início das obras de uma verdadeira piscina municipal para o Barreiro. Uma segunda hipótese será a Câmara Municipal tomar a abertura do Forúm Barreiro como marco do seu mandato; saliente-se, contudo, que essa já é uma obra de origem Socialista e de longe será tida como uma obra positiva para o Barreiro.
Sobre o poder instituído pouco mais haverá a dizer, dada a pasmaceira que tem pautado estes três anos anteriores de maioria da CDU. Como tal passemos à realidade político partidária estrita. Desde logo antecipar os acontecimentos no PCP, onde nenhum acontecimento relevante se prevê. Se em 2005 ninguém acreditava que Carlos Humberto ganhasse as eleições e os barreirenses o olhavam como líder a prazo, a verdade é que Carlos Humberto ao ganhar consolidou a sua posição de líder indiscutível. Perante isto, o PCP limitar-se-á a ser um elemento político passivo para promover a segunda vitória de Carlos Humberto à frente da Câmara Municipal do Barreiro, em 2009.
Ainda no espectro político da esquerda aparece o Partido Socialista. O caso aqui muda de figura. Em ano de eleições internas para a presidência da concelhia, o partido vai borbulhar intensamente de vida interna. Neste momento já conhecemos três candidatos e esperasse naturalmente o quarto: poderá ser Luís Ferreira ou alguém da sua ala (como Madalena Alves Pereira) tendo em vista que os três candidatos que se apresentam são bastante críticos da actual direcção do partido. No Partido Socialista esperasse um ano cheio de discussões internas, que se tornaram públicas (pela personalidade política dos candidatos teremos um ano carregado de: contagens e recontagens; impugnações de eleições; e afins. O clima de guerrilha interna que o PS Barreiro já nos habitou.
Na próxima semana fica a promessa de projectar o ano de 2008 para as forças políticas de Direita no Barreiro.
Tiago Cabanas
8.1.2008

Jogos de Poder

Ontem tive a oportunidade de ver o filme "Jogos de Poder".

Com Tom Hanks e Julia Roberts, a longa-metragem é uma autentica lição de geo-estratégia pouco mais de hora e meia.

Sem adiantar muitos pormenores, penso que todos aqueles que se interessam pela história recente e pelas perspectivas de futuro da nossa Civilização Cristã e Ocidental, deveriam dar uma vista de olhos ao filme...afinal sempre à erros que vão sendo repetidos, e infelizmente os Estados Unidos da América são exemplo disso.

A falta de convicção que os americanos demonstraram ao combater o comunismo na Ásia central é hoje, muito semelhante, à falta de dureza com que são tratados os terroristas islâmicos.

Apesar de tudo, nós europeus, deve-mos-lhes a Liberdade e é Em Liberdade que podemos criticar a nação que é e será (esperemos) farol eterno de Liberdade