Vira-se hoje uma página na minha vida; entra-se num novo capítulo.
Oficialmente foi hoje concluído o meu percurso pelas lides associativas estudantis. Levo uma série de vivências e de experiências que guardarei para os capítulos seguintes do livro da vida.
A todos os que vêem nos dirigentes associativos alguém que procura uma carreira ou uma vantagem (vulgo o tacho), estão completamente errados, já que em termos patrimoniais nada se ganha, pelo contrário muito se gasta. No entanto, quer o sacrifício patrimonial, quer o sacrifício no tempo de duração de curso, suportado pelos Dirigentes Associativos e pelas suas famílias, acaba por ser compensado com a formação cidadãos, melhor preparados para enfrentar os desafios da modernidade e para equacionar e lutar por um futuro melhor.
Recordações da obra feita, gostaria de destacar apenas, para não ser exaustivo, a menina dos meus olhos: a criação da Associação Académica da Universidade de Lisboa. Como Secretário-Geral da primeira Direcção, exerci funções com o sentido de quem faz história e cria algo que perdurará para além da minha existência.
Apenas pela criação da AAUL quer eu, quer todos os que à sua criação deram o seu tempo, poderiam sair com o sentido de dever cumprido, mas num ano fomos muito mais além. Combatemos energicamente um Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) castrador da autonomia universitária e da participação dos alunos nos órgãos de gestão das Instituições de Ensino Superior; realizamos a primeira Semana Cultural da Universidade de Lisboa, a que compareceram cerca de 3 mil estudantes numa noite inigualável; participamos em dois Encontros Nacionais de Dirigentes Associativos, num dos quais trabalhamos para a eleição do colega Paulo Pinheiro como representante nacional do Ensino Superior no Conselho Consultivo da Juventude.
Em 5 anos de Associativismo Estudantil nunca fui figura de proa, nem tão pouco presidente de coisa alguma, mas nenhuma das recordações aqui expressas, deixo de considerar como minhas e de recordar com um carinho imenso.
Por último, e porque confio no futuro da AAUL desejo os maiores sucessos à Direcção Geral que hoje toma posse e renovo o convite a que contem comigo em tudo o que acharem que poderei ser útil.
Quanto a mim, e porque não há lugares na história para Dirigentes Associativos, outros desafios me bateram à porta, porque um ex-Dirigente Associativo é alguém que sempre participará cívica e activamente de uma forma altruísta e movida por valores e vontade de ser socialmente válido.
"Deus quer; o homem sonha; a obra nasce" - Fernando Pessoa
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